quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Situação na Ucrânia

Independentemente das razões que as partes em qualquer conflito possam aduzir para sustentar as suas razões, condena-se que esse conflito possa ser dirimido pela via da força.  

Infelizmente, o mundo tem enfrentado, desde a II guerra mundial, vários focos de conflito, em diversas partes do mundo, envolvendo meios militares (Vietname, Iraque, Palestina, Grenada, Afeganistão, Líbia, Síria, Birmânia, Ex-Jugoslávia, etc…), nos quais têm tido participação direta as grandes potências mundiais e os seus aliados, com grande sofrimento dos seus povos de que as migrações/refugiados são disso exemplo.

Várias organizações internacionais humanitárias têm denunciado as violações de direitos humanos que ocorrem nos países beligerantes que, muitas vezes, são relativizadas quando o país que se pronuncia é do bloco político-geográfico próximo dos contendores.

A atual situação na Ucrânia insere-se nesse quadro. Vários países têm responsabilidades na criação do contexto que levou ao conflito Rússia-Ucrânia, não tendo autoridade moral para surgirem como fonte do exemplo. Como tem sido divulgado nos relatórios de organizações internacionais prestigiadas (Amnistia Internacional, Human Rights Watch, Conselho da Europa, etc…), as violações de direitos humanos estão generalizadas em praticamente todo o mundo, pelo que soa a hipocrisia a indignação fanática e histérica que esses países agora manifestam.

A defesa dos referenciais de direitos humanos universalmente consagrados tem de continuar a ser feita, em todas as circunstâncias, de modo a que a liberdade, a igualdade e a fraternidade não sejam meras figuras de retórica.

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