Dia da
Europa
O mês de Maio é particularmente
relevante na criação de dois dos pilares importantes na construção da Europa: o
Conselho da Europa fundado em 5 de Maio de 1949 e a União Europeia cujas
origens remontam a 9 de Maio de 1950. O dia da Europa ou dia
da União Europeia é uma data comemorativa celebrada anualmente
na Europa no dia 9
de Maio.
O Dia da Europa
comemora a paz e a unidade e assinala o aniversário da «Declaração Schuman». A
9 de maio de 1950, Schuman propõe, inspirado por Jean Monnet, a criação de uma
comunidade europeia para gerir o carvão e o aço (base do poderio militar e do
desenvolvimento industrial). Em 1951, é criada a CECA,
1.ª organização supranacional, e dado o 1.º passo para a integração europeia.
Em 1957, os Tratados de Roma consolidam esta integração com a criação das
comunidades CEE e CEEA. Assim, a UE nasceu
de uma iniciativa de paz focada na construção de um futuro.
A ideia da comunidade
era que os membros fundadores – França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e
Luxemburgo – unissem esforços e recursos inerentes ao comércio do carvão e do
aço para criar um mercado comum ao serviço dos seus interesses, ganhando assim
direitos de importação e de exportação. O objetivo, em grande parte puramente
económico, foi traçado e defendido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros
francês, Robert Schuman, de origem luxemburguesa, cinco anos após o fim da
Segunda Guerra Mundial.
Mas este projeto estava
igualmente dotado de ambições políticas. A ideia era reunir os diferentes
agentes económicos da França e da Alemanha para reduzir o risco de conflitos no
futuro.
Na declaração lê-se:
“A solidariedade de produção assim alcançada deixa claro que qualquer guerra
entre a França e a Alemanha se torna não só impensável como também
materialmente impossível.”
O tratado foi assinado
em Paris em 1951 e entrou em vigor no ano seguinte.
O projeto inicial
permitiu aprofundar a integração económica desses países e criar depois a
Comunidade Económica Europeia, com a assinatura do Tratado de Roma em 1958.
O Acto Único Europeu de
1985 fixou o objectivo de criar um único mercado comum, enquanto o Tratado de
Maastricht em 1992 viu o nascimento da União Europeia, em seguida, com 12
países, definindo o caminho para a atual União Económica e Monetária.
A partir dos seus
objectivos iniciais, de natureza económica particular, chegamos, hoje, a um
espaço geográfico que se compromete a construir a paz, dentro das sua
fronteiras e no resto do mundo, e a alcançar um modelo económico, social e
cultural de base humanista e alicerçado no Estado de Direito, incorporando os referenciais
jurídicos constantes dos dois grandes instrumentos internacionais de direitos
humanos: o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto
Internacional dos Direitos Económicos,
As instituições da UE mais
importantes são o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia, o Conselho da União Europeia, o Conselho
Europeu, o Tribunal de Justiça da União Europeia e o Banco Central Europeu.
O Conselho da Europa é uma organização internacional fundada a 5 de Maio de 1949, a mais antiga
instituição europeia em funcionamento. Os seus propósitos são a defesa
dos direitos humanos, o desenvolvimento democrático e a estabilidade
político-social na Europa. Tem
personalidade jurídica reconhecida pelo direito internacional e serve cerca de 800 milhões de pessoas em 47
Estados, incluindo os 28 que formam a União Europeia.
Os seus pais fundadores foram: Winston Churchill Prime
Minister of the United Kingdom; Konrad Adenauer Chancellor and Minister for
Foreign Affairs of the Federal Republic of Germany; Robert Schuman French Republic
Minister for Foreign Affairs; Paul-Henri Spaak Prime Minister and Foreign
Minister of Belgium in the 40s and 50s; Alcide
de Gasperi Prime Minister of the Republic of Italy: e Ernest Bevin United
Kingdom Secretary of State for Foreign Affairs.
Dentro do
Conselho da Europa encontra-se, por exemplo, a Convenção Europeia dos Direitos Humanos e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. É para esse tribunal que
são encaminhados os processos em que os europeus acham que um determinado
Estado-membro violou um ou vários direitos.
Hoje são 47 os Estados membros e contam-se 8 observadores (5
no Conselho e 3 na Assembleia), incluindo todos os países europeus a exceção do
Cazaquistão, da Bielorrússia e do Vaticano. Sua composição original (à data de
sua fundação) era de dez membros. Portugal foi admitido em 22
de setembro de 1976.
Desde a sua fundação, em 1949, o Conselho da
Europa está consciente da necessidade de dar à Europa um símbolo com o qual os
seus cidadãos possam identificar-se. No dia 25 de outubro de 1955, a Assembleia
Parlamentar aprovou unanimemente o emblema de um círculo de estrelas douradas
sobre um fundo azul. Em 9 de dezembro de 1955, o Comité de Ministros da
organização adotou a bandeira estrelada, que foi lançada oficialmente a 13 de
dezembro do mesmo ano em Paris. A bandeira tem, sobre o fundo azul celeste, as
estrelas que formam um círculo, simbolizando a união. O número de estrelas é
fixo, sendo doze o símbolo da perfeição e da plenitude, que evoca assim os
apóstolos, os filhos de Jacob, os trabalhos de Hércules, os meses do ano, etc.
Em 1983, o Parlamento Europeu adotou por sua vez a
bandeira criada pelo Conselho da Europa e recomendou que se tornasse o emblema
da Comunidade Europeia. O Conselho Europeu deu a sua aprovação em junho de
1985. As instituições da União Europeia utilizam a bandeira desde 1986.
A bandeira europeia tornou-se desde então sinónimo
de um projeto político partilhado, que une todos os europeus, transcendendo a
sua diversidade.
Os Valores do Conselho da Europa são os Direitos
Humanos, a Democracia e o Estado de Direito, consubstanciados nos 223 tratados,
convenções, protocolos e outros instrumentos jurídicos já aprovados até 30 de
Abril de 2019.
O Conselho da Europa preconiza a liberdade de
expressão e a liberdade de imprensa, a liberdade de reunião, a igualdade, e a
proteção das minorias. Tem lançado campanhas sobre temas como a proteção das
crianças, o discurso do ódio na internet e os direitos dos ciganos, a minoria
mais importante na Europa. O Conselho da Europa ajuda os Estados-membros a
lutar contra a corrupção e o terrorismo e a conduzir as reformas judiciais
necessárias. O seu grupo de peritos constitucionais, conhecidos pelo nome de
Comissão de Veneza, oferece aconselhamento jurídico a países de todo o mundo.
O Conselho da Europa promove os direitos humanos
através de convenções internacionais. Acompanha o progresso dos Estados-membros
nestas áreas e apresenta recomendações por intermédio de órgãos de
monitorização especializados e independentes.
Os seus Órgãos de monitorização são:
- Grupo de
Estados contra a Corrupção (GRECO)
- Comité Europeu para a Prevenção
da Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou
Degradantes (CPT)
- Grupo de
Peritos sobre a Luta contra o Tráfico de Seres Humanos (GRETA)
- Comité das
Partes - Convenção para a Protecção das Crianças contra a Exploração
Sexual e os Abusos Sexuais (Comité de Lanzarote)
- Comissão
Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ)
- Comité dos
Peritos de Avaliação das Medidas contra o Branqueamento de Capitais e o
Financiamento do Terrorismo (MONEYVAL)
- Comissão
Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ECRI)
- Comité Europeu
dos Direitos Sociais (CEDS)
- Comité
Consultivo da Convenção Quadro para a Proteção das Minorias Nacionais
O Conselho da Europa desempenhou um papel de
precursor na luta para a abolição da pena capital, sustentando que esta não tem
lugar nas sociedades democráticas. Em abril de 1983, adotou o Protocolo n.° 6 à
Convenção Europeia dos Direitos do Homem abolindo a pena de morte, seguido em
maio de 2002 pelo Protocolo n.° 13 sobre a abolição em todas as circunstâncias.
O Conselho da Europa fez da abolição da pena
capital uma condição prévia para a adesão. Não teve lugar qualquer execução nos
47 Estados-membros da Organização desde 1997. Presentemente, não há um único
Estado-membro do Conselho da Europa que aplique a pena de morte.
Relativamente aos
direitos humanos, ao aderir ao Conselho da Europa, cada país aceita
submeter-se a mecanismos de monitorização independentes que avaliam o respeito
pelos direitos humanos e as práticas democráticas no seu território. Por
exemplo, o Comité para a Prevenção da Tortura do Conselho da Europa efetua
regularmente visitas não anunciadas a locais de detenção nos 47 Estados-membros
(prisões, esquadras de polícia, centros de detenção para estrangeiros) a fim de
avaliar o tratamento das pessoas privadas da sua liberdade.
O Comité Europeu dos
Direitos Sociais, por sua vez, verifica a implementação dos direitos à
habitação, saúde, educação, emprego e livre circulação garantidos pela Carta
Social Europeia nos respetivos países.
Outro exemplo é o Grupo de
Estados contra a Corrupção (Greco), que identifica as lacunas nas políticas
nacionais de luta contra a corrupção e incita os países a proceder às reformas
legislativas, institucionais ou administrativas necessárias. A sua avaliação
baseia-se nas convenções relevantes do Conselho da Europa.
A Convenção Europeia dos
Direitos do Homem proíbe todas as formas de discriminação por parte de uma
autoridade pública, por qualquer motivo. O Conselho da Europa desenvolve várias
atividades para proteger minorias, incluindo a minoria mais importante na
Europa, os Ciganos.
A Aliança Europeia de
Cidades e Regiões para a Inclusão dos Ciganos, por exemplo, é uma iniciativa do
Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa. Um resultado
concreto da Aliança é o projeto Romact, conduzido em conjunto com a União
Europeia.
Por seu lado, a Comissão
Europeia contra o Racismo e a Intolerância analisa estes fenómenos específicos
e apresenta regularmente recomendações aos 47 Estados-membros do Conselho da
Europa.
O Conselho da Europa é também
um ator de primeiro plano no combate à discriminação com base na orientação
sexual ou na identidade de género.
Por fim, a Convenção Quadro
para a Proteção das Minorias Nacionais prevê um mecanismo de monitorização que
avalia e melhora a proteção das minorias nos países envolvidos.
Não pode existir verdadeira
democracia sem liberdade de expressão e sem meios de comunicação social livres
e pluralistas. A jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
proporciona à imprensa uma proteção extremamente alargada, nomeadamente no que
respeita à confidencialidade das fontes jornalísticas. No entender do Tribunal,
a ausência de tal proteção poderia dissuadir estas fontes de ajudar a imprensa
a manter o público informado sobre questões de interesse geral.
O direito de liberdade de
expressão aplica-se também às novas formas de comunicação de massas, incluindo
a Internet. O Conselho da Europa zela constantemente por este direito, tendo em
conta eventuais desenvolvimentos.
O Conselho da Europa está a
ajudar vários dos seus Estados-membros a melhorar a sua legislação e políticas
sobre a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. São também
organizados cursos de formação e visitas de estudo para os profissionais da
comunicação social.
Em matéria de justiça e
democracia, a igualdade de género é agora considerada importante para o
crescimento económico dos países. Os textos do Conselho da Europa neste domínio
têm por objetivo combater todas as formas de discriminação das mulheres e
promover o papel das mulheres na sociedade.
A Convenção do Conselho da
Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres, que
representa um avanço considerável neste domínio, assenta no pressuposto de que
esta violência não pode ser erradicada a não ser que sejam investidos mais
esforços para alcançar maior igualdade entre homens e mulheres.
Na proteção dos direitos das
crianças tem-se em conta que são
vulneráveis e dependem dos adultos para satisfazer a maior parte das suas
necessidades. O programa do Conselho da Europa para as crianças tem como
objetivo proteger os seus direitos, impedir todas as formas de violência contra
elas, assegurar o processamento judicial dos autores de crimes e promover a
participação das crianças nas decisões que lhes dizem respeito.
A Convenção do Conselho da
Europa sobre a Proteção das Crianças contra a Exploração e o Abuso Sexual
tornou-se assim o primeiro instrumento que criminaliza o abuso sexual de
crianças, incluindo os abusos cometidos em casa ou no seio da família. Esta
Convenção entrou em vigor no dia 1 de julho de 2010.
Além disso, o Conselho da
Europa adotou diretrizes que visam melhorar o acesso das crianças à justiça.
Na defesa da diversidade
cultural, e no seguimento da adoção, em
2008, do seu “Livro Branco sobre o Diálogo Intercultural”, o Conselho da Europa
iniciou vários programas sobre formação de professores, a proteção das minorias
e a coesão social, incluindo um diálogo anual com as comunidades religiosas e
representantes de crenças não religiosas. Uma rede de Cidades Interculturais
ajuda as suas cidades membros a gerir a diversidade cultural e fomenta o
envolvimento e a interação entre grupos heterogéneos em locais públicos, a fim
de estimular a coesão social. Desenha também ferramentas para resolver
conflitos culturais.
Para promover a compreensão
intercultural, o Conselho da Europa elabora programas e ferramentas para
melhorar o ensino das línguas.
Relativamente à observação das
eleições, é através das atividades de
aconselhamento e observação que a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa
e outras instituições europeias, tais como a OSCE, ajudam a garantir eleições
democráticas, livres e justas em todo o continente.
O Congresso dos Poderes
Locais e Regionais observa periodicamente as eleições locais e regionais nos 47
Estados-membros do Conselho da Europa. As suas missões de observação abrangem o
conjunto do processo eleitoral e complementam as suas atividades de
monitorização da Carta Europeia da Autonomia Local.
Além disso, a fim de
melhorar o bom desenrolar das eleições, o Conselho da Europa formula programas
de assistência para a reforma de fundo das legislações eleitorais, para a
constituição das listas eleitorais e para a formação de observadores e
funcionários eleitorais nacionais.
Sobre a educação em direitos
humanos e na democracia, cobre-se
também a participação ativa dos cidadãos na vida em sociedade, nomeadamente no
quadro de atividades da sociedade civil. O Conselho da Europa desenvolve
estratégias e ferramentas para promover a aprendizagem dos direitos humanos e
da democracia. A Carta do Conselho da Europa sobre a Educação para a Cidadania
Democrática e a Educação para os Direitos Humanos mostra-nos como pôr em
prática esses valores.
Mais de 5 000 animadores
juvenis são formados anualmente nos Centros Europeus da Juventude em Budapeste
e Estrasburgo. Os cursos fornecidos produzem um efeito de cascata, pois os
animadores juvenis transmitem o que aprenderam aos membros das suas
associações. Mais de 15 000 jovens beneficiam também de projetos apoiados pelo
Fundo Europeu para a Juventude, a fim de promover a compreensão, tolerância e
solidariedade.
Para a qualidade dos
medicamentos e dos cuidados de saúde, o
Conselho da Europa conseguiu estabelecer uma agência única de medicamentos que
harmoniza as normas de qualidade das substâncias utilizadas no fabrico de
produtos farmacêuticos. A Farmacopeia Europeia reúne 37 Estados-membros e a
União Europeia. Há diversos Estados com estatuto de observadores e a OMS e a
Taiwan Food and Drug Administration têm também este estatuto.
Os trabalhos do Conselho da
Europa abarcam ainda campos de saúde específicos, tais como a transfusão
sanguínea e o transplante de órgãos.
A Direção Europeia da
Qualidade dos Medicamentos e Cuidados de Saúde (DEQMCS) é responsável por todas
essas atividades.
Graças à Convenção
“Medicrime”, que está aberta aos países não-europeus, é agora possível
sancionar criminalmente, por razões de atentado à saúde pública, a distribuição
e a venda de produtos médicos contrafeitos (incluindo através da Internet).
A estrutura do Conselho da Europa compõe-se dum O Secretário-Geral (Eleito por cinco anos pela
Assembleia Parlamentar para liderar a Organização e é responsável pelo
planeamento estratégico, pela orientação do programa de atividades e pelo
orçamento do Conselho da Europa. O Secretário-Geral dirige e representa a
Organização); dum Secretário-Geral Adjunto que é também eleito por um mandato
de cinco anos pela Assembleia Parlamentar através de uma votação separada; do
Comité da Ministros (este é o órgão de decisão do Conselho, sendo composto
pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de cada Estado-membro ou pelos seus
representantes diplomáticos permanentes em Estrasburgo. O Comité dos Ministros
determina a política do Conselho da Europa e aprova o seu orçamento e programa
de actividades); da Assembleia
Parlamentar (APCE - reune 324 parlamentares dos 47 Estados-membros;
a Assembleia elege o Secretário-Geral, o Comissário dos Direitos do Homem e os
juízes do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem; oferece um fórum democrático
para debates e observa as eleições; as suas comissões desempenham um papel
importante no exame das questões da actualidade); O Congresso dos
Poderes Locais e Regionais (é responsável por reforçar a democracia local e
regional. É composto por 648 membros eleitos que representam mais de 200 000
autoridades locais e regionais. O Tribunal Europeu
dos Direitos Humanos (Órgão judiciário permanente que garante a
todos os europeus os direitos consagrados na Convenção Europeia dos Direitos Humanos.
Está ao dispor de Estados e indivíduos, independentemente da sua nacionalidade.
Os 47 Estados-membros do Conselho da Europa são partes da Convenção). O Comissário dos Direitos Humanos (ocupa-se e chama a atenção para as
violações dos direitos humanos, com toda a independência) e a Conferência de ONGI (Composta por aproximadamente 400 organizações não
governamentais internacionais (ONGI), criando um elo vital entre os
representantes políticos e os cidadãos e fazendo ouvir a voz da sociedade civil
no Conselho. A perícia das ONGI e a sua proximidade dos cidadãos europeus são
altamente benéficas para o trabalho do Conselho).
Em resumo: Quer o Conselho da Europa, quer a União
Europeia, são estruturas políticas que pretendem fazer da Europa um exemplo de
vivência humanista, em bases consonantes com os valores maçónicos de liberdade,
igualdade e fraternidade, pelo que devemos celebrar o aniversário da
sua existência, independentemente de algumas das suas decisões nem sempre
estarem em linha com o seu entendimento e de alguns dos seus líderes não serem
os que desejaríamos.
Os referenciais de direitos humanos construídos por
estas instituições traduzem uma cultura civilizacional ímpar na história da
humanidade. Infelizmente, nos últimos anos, temos vindo a assistir ao seu
desrespeito por parte da generalidade de dirigentes políticos que cultivam uma
subserviência ao poder económico-financeiro, de interesse pessoal oligárquico, ignorando
e menosprezando a necessidade de observância quotidiana aos referenciais
jurídicos a que estão obrigados. Ao comemorarmos esta data assumamos a
vigilância e o empenhamento numa Europa livre, fraterna e solidária.