quarta-feira, 20 de março de 2024

Povo português

 Agora é que se está a ver a verdadeira cerviz do povo português: inculto, servil, dissimulado, medroso, vingativo e manhoso.

A reverência ao padre e ao regedor sempre foram a sua matriz.

50 anos depois do 25 de Abril de 1974 o povo português voltou a mostrar a sua identidade.

Abstenção em Portugal – Razões Justificativas

 1 -  Caracterização do actual modelo de sociedade

                      - Grande complexidade da gestão política

                        - Quadro das relações público-privadas com muitas relações atípicas

                           (Ensino; Saúde; Economia/Finanças – ex: EDP; TLP; GALP; Banca, PPPs etc…).

                        - Interacção internacional múltipla (UE; OMC; CE; CLP; etc…).

                        - Referenciais internacionais imperativos (Directivas da U.E.; Convenções,  Tratados e

                               Protocolos da ONU e do Conselho da Europa; Acordos    bilaterais e multilaterais 

                               diversos – OMC; CLP; Países África/Caraíbas;  etc…).

- Mutações rápidas no conhecimento científico e nas TIC.


- Sentido pouco exemplar do Estado, dos seus dirigentes e das suas instituições 

       

  (O Estado não é considerado uma pessoa de bem).

 

2 – Caracterização da governação política

                      - Poder político assente em duas forças principais, com indefinições 

                          programáticas e acções casuísticas, com ausência de representação eleitoral;

                        - Actos eleitorais traduzidos em cheques em branco;

                        - Mutações frequentes nos quadros legislativos;

                        - As escolhas dos cidadãos baseiam-se, principalmente, no show-off, na

                            aparência fisionómica, na demagogia dos candidatos, no vedetismo

                          associado às forças políticas. Raramente no programa de candidatura;

                        - Os dirigentes políticos são cada vez mais boçais, incultos, oportunistas,

                          e com uma postura sem predicados éticos. Vulneráveis à corrupção,

                          compadrio, tráfico de influências e egoísmo, com pouca sensibilidade

                          real para com os mais desfavorecidos, revelam falta de idoneidade

                          pessoal ( negócios pouco claros, processos judiciais frequentes,

                       envolvimento em malabarismos económico-financeiros, etc…).

 

3 – Caracterização dalguns indicadores de cidadania

                      - Degradação da cultura cívica de ano para ano;

                        - Domínio da vacuidade nos espaços televisivos e de formação da opinião;

                        - Órgãos de comunicação social orientados pela rentabilidade económica;

                        - Fosso entre pobres e ricos agravando-se continuamente;

                        - Aumento da criminalidade em consequência da falta duma cultura

                          humanista e da falta de sentimentos de solidariedade e de partilha.

 

 4 - Assim sendo:

            - É preciso ser-se dotado de grande capacidade para escolher em quem votar,

               perante a complexidade deste sistema com ausência de responsabilidade dos eleitos;

            - Não há, no actual xadrez político, qualquer organização que tenha por objectivo

               a criação duma nova ordem política, económica, social e cultural.

            - Não faz sentido eleger pessoas para ficarem com privilégios inacessíveis a quem

               elege, determinando que o eleitor aceita o estatuto de inferior perante o eleito, 

              contrariando a orientação dos referenciais de direitos humanos de que todos

              somos iguais em dignidade e direitos (artº 1º da D.U.D.H).

 

Como considero que não sou nem mais nem menos que os outros, que não sou capaz de fazer opções

sérias neste sistema e nem vejo nele qualquer força política que se proponha modificá-lo,     

                                    

NÃO VOTO, ABSTENHO-ME!

 

Data: Finais do século XX e início do século XXI