Colaboração com o CASA – Centro de Apoio aos Sem Abrigo
Dia 08/12/2017
Participação na equipa das sextas-feiras ( 3 H e 5 M, na
maioria jovens – de 20 e os 40 anos, sendo um deles o/a coordenador/a)
Início às 16 horas nas instalações do Bairro das Antas
cedidas pela CMP (um pequeno armazém de alimentos -25 m2- e uma cozinha/ sala
de preparação das refeições – 25 m2). Feitura de cerca de 15 Kg de aletria e 5 Kg de leite-creme.
Cozedura e descasque de 50 ovos.
Cozinhar 5 Kg de massa riscada com carne picada. Descongelar e aquecer 5 Kg de
tripas à moda do Porto e fazer 3 Kg de arroz branco. Feitura da sopa. Cortar bolos às
fatias. Fazer chá/café. Preparar sacos com um pão com marmelada, um iogurte, um pacote de leite, um bolo/pacote de
bolachas. Preparar sacos com roupa e calçado.
Saída às 21,30 para a Rua Júlio Dinis (reentrância do prédio
da Loris – perto da Rotunda da Boavista) - Feita a distribuição pelas cerca de
30 pessoas que compareceram (metade sem abrigo e metade morando abrigadas que
se deslocam ao local para comer e levar alimentos e roupas para casa),
repartindo-se em cerca de 50% de homens e mulheres dos 20 aos 70 anos, de
várias raças e etnias. Apresentou-se uma jovem com muito bom aspeto, que teve
uma vida de qualidade e por desemprego dos pais e do companheiro, de que têm um
bébé, tem de procurar ajuda na rua ( foi-lhe dada roupa, brinquedos e boiões de
alimentos para bébés). Depois de todos comerem, foram repartidas as sobras de
comida pelos interessados, para levarem para
casa, em embalagens de que eram portadores. As diferentes tarefas foram
desempenhadas pelos 8 voluntários, tendo-me cabido distribuir o arroz e as
tripas. A distribuição durou até cerca das 24 horas. Quase não sobrou comida e
sobrou alguma roupa cujo tamanho não servia aos interessados. De seguida os
voluntários voltaram às instalações do Bairro das Antas para lavar e limpar os
recipientes e apetrechos usados, incluindo
tachos e panelas, preparando e arrumando os utensílios de forma a que
estivessem prontos para uso no dia seguinte, terminando o trabalho cerca das 3
horas da manhã. Raramente há tempo para as pessoas se sentarem.
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Dia 14/12/2017
Participação na equipa das 5ªs feiras do Restaurante
Solidário (Rua de Cimo de Vila – Ordem do Terço) – (3 H e 7 M –
maioritariamente jovens, dos 20 aos 70 anos, sendo um/a deles a coordenador/a.
Esteve presente, a cargo da CMP, um segurança da Securitas para prevenir
eventuais alterações da ordem, tendo ficado à porta a regular as entradas). As
instalações são compostas por uma sala de refeições com cerca de 50 m2, um pequeno armazém de produtos, um compartimento
para lavagem dos recipientes, um
sanitário e um compartimento de arrumos.
Início às 19,30 (a sopa e o prato quente – arroz com
almôndegas – tinham sido cozinhados pelas freiras e pessoal da cozinha da Ordem
do Terço e já se encontrava em cuvetes
especiais eléctricas com água
quente por debaixo). Compareceu, sem aviso prévio, uma representação de 5 pais
e uma aluna da Escola EB 2/3 de Pedrouços – Maia, com bolos e sobremesas
confeccionadas por pais dos alunos duma turma, dinamizados por uma professora
(as sobremesas que estavam preparadas para distribuir foram guardadas para o
dia seguinte, assim como alguns bolos cuja data de validade permitia, já que a
quantidade ofertada superou a procura dos utentes). Foram colocados, nos 34
lugares disponíveis da sala, tabuleiros com um copo e um talher, tarefa de que
me incumbi (À medida que os utentes iam terminando a refeição eram preparados
novos tabuleiros). Nas mesas encontrava-se uma garrafa grande de água da
torneira em garrafas com a inscrição Água canalizada – Águas do Porto. Parti em
fatias os bolos confeccionados ofertados pela escola (a maioria era de
confecção caseira). A aletria foi cortada em cubos. Fez-se a distribuição dos
voluntários pelas diferentes tarefas a cumprir (Colocar a comida nos
pratos/tigelas de porcelana, dar os
pães na quantidade desejada pelos utentes, levar para as mesas, retirar os tabuleiros no
final da refeição com a louça usada, lavagem e secagem da louça, talheres e
recipientes usados, distribuição das sobremesas e serviço de café). Fui
incumbido da tarefa de colocar nos pratos o arroz e entre 3 a 5 almôndegas por
prato. Às 20 horas foi aberta a porta para entrada dos utentes, que já
aguardavam em fila à entrada. A rotina de serviço manteve-se até às 22 horas,
hora a que se fechou a porta. Guardou-se um prato de comida para um jovem que
só chegaria cerca das 22,30 pois estuda na Escola António Sérgio em Gaia, no
12º ano nocturno em Humanidades. Não sabe se vai para o ensino superior pois
não tem possibilidades económicas (Pedi à coordenadora da equipa para no ano
final do ano lectivo me pôr em contacto com o jovem, de forma a tentar ajudar
na sua matrícula no ensino superior). Foram servidas entre 120 e 130 refeições
a pessoas que se distribuíam por todas as idades (18 aos 70 anos) com uma
proporção de 30/70% mulheres /homens,
entre sem abrigo e pessoas abrigadas, de várias raças e etnias. Algumas pessoas
levaram comida para casa em recipientes de que eram portadores. Sobrou alguma
comida – é preparada para cerca de 150 pessoas - (a sopa foi deitada na sanita e o arroz e as almôndegas foram guardadas no frigorífico). Procedeu-se à continuação da
lavagem da louça e utensílios usados, limpeza das mesas e cadeiras, limpeza das
cuvetes e vazamento da água quente, lavagem do chão e arrumação de todos os
apetrechos nos locais devidos de forma a poderem ser utilizados de imediato no
dia seguinte. O trabalho terminou cerca das 22,45 horas. Não há tempo para as
pessoas se sentarem.
Notas:
- A CMP contribui com um subsídio de cerca de € 1,00 por
pessoa.
- Há uma nutricionista da Ordem do Terço que supervisiona o
tipo de refeição.
- Os ingredientes são comprados e provenientes de ofertas
(Há supermercados que oferecerem produtos mas pedem recibos no valor dos
produtos facturados a preços de venda. (o donativo é majorado em IRC a 140% do
valor)
- Os voluntários não têm qualquer contrapartida (deslocam-se
a expensas próprias)
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